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Britânico incendeia antena de internet e afirma 'culpa da covid-19 é do 5G'

O homem foi condenado a três anos de prisão após acreditar em teorias da conspiração que vinculavam a telefonia 5G ao coronavírus e atear fogo em uma antena

Um britânico de 47 anos foi condenado a três anos de prisão por atear fogo em uma antena de internet 5G, acreditando que esta tecnologia é responsável pela pandemia de covid-19.

O condenado, Michael Whitty, pesquisou na internet teorias da conspiração que vinculavam a telefonia 5G ao coronavírus. Depois incendiou um repetidor da empresa Vodafone em Kirkby, noroeste da Inglaterra.

Whitty se declarou culpado do ataque, executado em abril, antes de ser condenado por um tribunal de Liverpool.

"Na minha opinião, houve um alto grau de planejamento e premeditação", afirmou o juiz Thomas Teague. "O objetivo era deixar o repetidor fora operação, houve intenção de provocar danos muito graves à propriedade", completou.

Ao examinar o smartphone de Whitty, a polícia encontrou pesquisas sobre 5G e vídeos de outras antenas de telefonia na região de Liverpool. 

Whitty, que tem três filhos, tinha 29 condenações prévias que incluem agressão e porte de arma de fogo.

Dezenas de ataques foram registrados no Reino Unido após a divulgação de uma teoria da conspiração de que antenas de 5G eram responsáveis pela pandemia.

De acordo com a teoria, os sintomas da covid-19 são provocados pela radiação eletromagnética e não por um vírus, uma ideia desacreditada pelos cientistas.