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'Engano' em Israel

Passados oito dias, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, manifestou-se, ontem, sobre o assassinato de um palestino que sofria de autismo, morto “por engano” pela polícia, em Jerusalém. “O que aconteceu com Iyad Hallak é uma tragédia. Foi um homem com deficiência, autismo, suspeito de ser terrorista, indevidamente presente em um local muito sensível”, disse o premiê.

Hallak foi morto a tiros, em 30 de maio, na Cidade Velha de Jerusalém, depois que a polícia israelense, sem provas, supôs que ele estivesse armado.  Ontem, o enterro do palestino reuniu milhares de pessoas. Nas mídias sociais, a hashtag #PalestinianLivesMatter (#VidasPalestinasImportam) ecoou as denúncias contra a violência policial e o racismo nos Estados Unidos.

“Oferecemos nossas condolências à família (de Hallak). Acredito que esse sentimento seja compartilhado por toda a  população e por todo o governo israelense”, afirmou Benjamin Netanyahu. Ele assinalou que aguarda o resultado de uma investigação sobre o episódio.

O grande rabino de Jerusalém, Yehudah Glick, um ex-deputado de direita que apoia a presença israelense na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, também apresentou suas condolências à família.

Glick, que sobreviveu a um ataque, em 2014, por suas atividades em Jerusalém, foi agredido quando deixou a tenda de luto da família Hallak, no que chamou de “tentativa de linchamento”. O rabino ficou levemente ferido. Uma pessoa foi detida pela polícia.

Em Tel Aviv, manifestantes saíram às ruas em homenagem ao afro-americano George Floyd e também em defesa dos palestinos.