"Juan Guaidó não está na embaixada da França em Caracas. Confirmamos isso várias vezes às autoridades venezuelanas", disse a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da França, Agnès von der Mühll.
Arreaza disse na véspera que Guaidó estava na embaixada francesa, alguns dias depois de o presidente socialista Nicolás Maduro insinuar que o líder parlamentar estava "escondido" em uma sede diplomática.
"Não podemos entrar na residência de uma embaixada de nenhum país, neste caso da Espanha ou da França, e que a justiça os retire a força. Não podemos, não podemos", respondeu Arreaza em um entrevista por rádio a uma jornalista que lhe perguntou sobre a suposta presença de Guaidó na embaixada francesa, assim como a de seu mentor, Leopoldo López, que está na residência do embaixador espanhol em Caracas há mais de um ano.
"Esperamos que esses governos retifiquem (...) e entreguem os fugitivos da justiça à justiça venezuelana", acrescentou Arreaza.
Juan Guaidó é alvo de vários processos judiciais desde que foi proclamado presidente interino em janeiro do ano passado, embora não se saiba se há um mandado de prisão contra ele.
- Novas eleições -
A França está entre os mais de 50 países que reconheceram Guaidó como presidente interino da Venezuela em 2019.
Nicolás Maduro acusa seu adversário de ter fomentado uma tentativa de "invasão à Venezuela" que deveria resultar, segundo ele, em um "golpe de Estado" com a cumplicidade dos Estados Unidos e da Colômbia.
O presidente dos EUA, Donald Trump, nega qualquer envolvimento.
"Todos os esforços agora devem se concentrar em encontrar uma solução política para a crise política venezuelana", disse Agnès von der Mühll, que pediu eleições "livres e" transparentes" para "acabar com o sofrimento do povo venezuelano".
"Juntamente com a União Europeia e seus parceiros no grupo de contato internacional, a França incentiva todos os venezuelanos, em particular as autoridades venezuelanas, a entrarem em negociações para conseguir isso", acrescentou.
Em 13 de maio, a França expressou a "forte condenação" ao tratamento dado a seu embaixador em Caracas, Romain Nadal, desde o início daquele mês.
Desde 2 de maio, policiais vigiam a rua onde fica a residência do embaixador, que está sem água ou luz desde então.