A Argentina manterá até 28 de junho o confinamento em grandes cidades afetadas pela covid-19, especialmente Buenos Aires, e passará a uma fase mais flexível do distanciamento social em províncias sem o registro da doença, anunciou na quinta-feira (4/6) o presidente Alberto Fernández.
"Não está resolvido o problema. Manteremos a quarentena na região metropolitana de Buenos Aires, entre outras áreas de grande circulação comunitária", disse em coletiva de imprensa na residência oficial de Olivos, no norte da capital.
O país superou nesta quinta os 20 mil casos com 608 mortes desde o início de março. Os recuperados somam 5.993.
A taxa de mortalidade é de 12,8 por milhão de habitantes (com uma população de 44 milhões), uma das mais baixas da América Latina, revelou o presidente ao mostrar um gráfico estatístico.
A partir da nova etapa, "haverá duas classes de quarentena: uma de isolamento e outra de distanciamento social", disse Fernández.
A cidade de Buenos Aires e os 13 distritos que a circundam, um conglomerado de 14 milhões de habitantes, "concentra 85% dos casos", informou o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof.
O prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, expressou que entende "a angústia das pessoas" após quase 80 dias de confinamento.
"Mas quero destacar o efeito positivo da quarentena. Se todos os casos aumentarem, teremos que voltar atrás" nas tímidas medidas de alívio do isolamento social, disse.
Segundo o presidente Fernández, em 18 das 24 províncias do país "não há circulação comunitária" do vírus, razão pela qual as medidas nestas áreas serão cada vez mais flexíveis com muitas atividades reabilitadas.
Ficarão vetados em todo o território as reuniões multitudinárias, os espetáculos esportivos ou musicais e qualquer tipo de aglomeração.