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Premiê britânico defende luta contra o racismo



O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou, ontem, o assassinato de George Floyd e enviou um recado ao presidente norte-americano, Donald Trump. “Minha mensagem ao presidente Trump, a qualquer pessoa nos Estados Unidos, a partir do Reino Unido, é de que o racismo, a violência racista, não tem lugar em nossas sociedades, e estou seguro de que é uma opinião muito difundida no mundo todo”, disse o premiê, durante entrevista coletiva em Londres.

Mais cedo, em sessão anual de perguntas na Câmara  dos Comuns, Johnson condenou “o ocorrido nos Estados Unidos” como algo “terrível, indesculpável”. “Entendo perfeitamente o direito das pessoas de protestar pelo o que ocorreu”, acrescentou. “Mas, obviamente, também acredito que os protestos devem ocorrer de forma legal e razoável”.

Por volta do meio-dia (8h em Brasília), centenas de pessoas — muitas delas protegidas com máscaras — concentraram-se no Hyde Park, em Londres, para exigir justiça pelo assassinato de Floyd. Com gritos de “Silêncio é violência” e cartazes com os dizeres “Vidas negras importam”, os manifestantes reuniram-se em pequenos grupos que mantiveram a distância de segurança entre si.

Entre eles, estava o ator britânico John Boyega, famoso por interpretar o personagem Finn na última trilogia de Star Wars. “Vidas negras sempre importaram. Nós sempre fomos importantes. Nós sempre significamos algo. Nós sempre vencemos, apesar das dificuldades”, clamou Boyega, com um megafone. Próximo à 10 Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro, um grupo de manifestantes entrou em choque com a polícia, depois de lançar placas e um cone em direção aos agentes.