A polícia prendeu, na madrugada desta sexta-feira (29/5), uma equipe da CNN que transmitia, ao vivo, da cidade americana de Minneapolis os protestos desencadeados pela morte de um homem negro pelas mãos das forças de ordem local.
A equipe foi liberada mais tarde. A rede divulgou imagens do correspondente Omar Jimenez conversando tranquilamente com os policiais, que carregavam bastões e capacetes, antes de ser algemado e detido junto à sua equipe.
"Se importaria de me dizer por que estou preso, senhor?", questionou o repórter. "Por que estou preso, senhor?", repete. No entanto, não se escutou nenhuma resposta.
A CNN afirmou que um produtor e um cinegrafista que trabalhavam com Jimenez também foram presos. Antes da prisão, enquanto a polícia do estado de Minnesota cercava Jimenez em meio a um despacho televisivo, o jornalista falou com os oficiais para dizer-lhes que queria cooperar.
"Iremos onde quiserem", disse Jimenez, que é negro. A CNN disse em um tuíte que um jornalista branco, que também estava cobrindo os protestos na área, não foi preso.
Governador pediu desculpas
Jimenez voltou ao ar mais tarde, depois de ser liberado pela polícia. E a CNN disse que o governador de Minnesota, Tim Walz, se desculpou com o canal, que antes havia emitido um comunicado condenando o comportamento policial.
Os jornalistas cobriam a terceira noite consecutiva de protestos provocados pela morte de George Floyd, ocorrida na segunda-feira pouco depois de ser preso sob suspeita de usar uma nota falsificada.
Um vídeo feito por um transeunte . Em um momento, se escuta o detido dizer que não consegue respirar, antes de perder a consciência.