Os governos da América Central aprovaram nesta quinta-feira (28/5) um protocolo para resolver a crise desencadeada pelas restrições sanitárias impostas pela Costa Rica ao transporte de cargas para conter a disseminação do novo coronavírus, que causou o bloqueio de caminhões nas fronteiras.
"As diretrizes de biossegurança visam estabelecer procedimentos coordenados para impedir a disseminação da covid-19", afirmou a Secretaria da América Central para a Integração Econômica (Sieca) em comunicado após uma reunião virtual de ministros do Comércio e da Saúde.
"Durante a reunião as diretrizes de biossegurança foram aprovadas para enfrentar a covid-19, aplicáveis ao setor de transporte terrestre da América Central, o que será obrigatório", acrescentou.
Essas medidas buscam garantir a saúde dos transportadores de carga, a limpeza e desinfecção dos meios de transporte e a fluidez do comércio nos postos de fronteira terrestres.
Também salvaguardar a saúde dos cidadãos e funcionários que exercem controles nos postos fronteiriços terrestres e dos usuários.
As diretrizes de biossegurança regulam boas práticas de higiene para transportadoras, equipamentos de proteção individual, limpeza de meios de transporte, biossegurança antes e durante a descarga de mercadorias, biossegurança durante o transporte de mercadorias, ações em caso de suspeita de contágio por covid-19.
O acordo tomou forma no momento em que milhares de caminhoneiros da América Central bloquearam a fronteira sul da Nicarágua, em represália às restrições sanitárias impostas pela Costa Rica.
O bloqueio agravou as tensões na América Central devido às medidas adotadas pela Costa Rica na entrada de transportadoras em seu território após a detecção de quase 50 casos de covid-19 entre caminhoneiros que carregavam carga para o país.
Cerca de 90% do comércio entre os países da América Central é mobilizado por transporte terrestre.