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'Oportunidade histórica' para anexações na Cisjordânia



Sob respaldo do plano de paz apresentado pelos Estados Unidos, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (C) se reuniu com parlamentares de seu partido, o Likud, na Knesset (Parlamento) e declarou: “Temos uma oportunidade histórica, que não existe desde 1948, de aplicar a soberania judicialmente como uma medida diplomática na Judeia e na Samaria. É uma grande oportunidade e não vamos deixá-la passar”, anunciou Netanyahu, ao citar os nomes bíblicos de áreas onde se localiza a Cisjordânia. O chefe de governo ressaltou o desejo de impôr a medida a partir de 1º de julho. Consultado pelo Correio, o embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Alzeben, condenou a manobra. “Não abandonaremos nosso território nem os nossos direitos legítimos. Iremos a todos os fóruns internacionais, nos quais Israel terá de responder e pagar por seus crimes. Defender nossos direitos nacionais é obrigação e necessidade plasmadas na Carta Magna”, afirmou. O diplomata advertiu que o panorama segue aberto a “muitas probabilidades e perigos que comprometem a paz regional”. “Valer-se da pandemia e de suas consequências para cometer mais crimes contra o povo palestino, quando  o mundo inteiro está preocupada pela sobrevivência, é ato abominável que merece condenação e boicote de todas as nações”, disse. A Embaixada de Israel não retornou um pedido de entrevista do Correio.