A União Europeia (UE) manifestou seu apoio à Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (19/5), depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou suspender permanentemente seu financiamento para a gestão da pandemia.
"É hora de solidariedade, não de apontar o dedo, ou minar a cooperação multilateral (...) A UE apoia os esforços da OMS", disse a porta-voz da diplomacia europeia, Virginie Battu, em uma entrevista coletiva.
Para a UE, "os esforços multilaterais são a única opção eficaz e viável para vencer esta batalha" do novo coronavírus, acrescentou Battu, para quem a ação da OMS sobre a pandemia deve ser estudada "quando for a hora certa".
Em uma carta ao diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o presidente dos Estados Unidos lista o que considera os "passos em falso" da organização e insta a "demonstrar independência da China".
"Se a OMS não se comprometer a realizar melhorias substanciais nos próximos 30 dias, farei com que o meu congelamento temporário dos fundos (...) sejam permanentes e reconsiderarei nossa participação na organização", acrescenta a carta.
Trump acredita que a OMS ignorou informações sobre o surgimento do vírus que, segundo ele, remontam a dezembro e a censura por ser muito tolerante com as autoridades chinesas ao lidar com a pandemia de covid-19.
Durante a assembleia geral da OMS, os países esperam aprovar uma resolução, promovida pela UE, pedindo o lançamento "o mais breve possível" de uma revisão da resposta internacional à pandemia e das medidas da OMS.
Desde o surgimento do vírus na China no final de 2019, mais de 317 mil pessoas morreram da covid-19 em mais de 4,7 milhões de casos confirmados de contágio, segundo um balanço da AFP.