O Irã, o país do Oriente Médio mais afetado pelo novo coronavírus, está se preparando para reabrir suas mesquitas por duas horas durante as três noites consideradas as mais sagradas do ano, informou nesta terça-feira (12/5) o ministro da Saúde iraniano.
As mesquitas foram fechadas em março para impedir a propagação da covid-19 neste país que vive desde 25 de abril ao ritmo do Ramadã.
A reabertura temporária foi acordada por ocasião das celebrações do Laylat al-Qadr, ou Noite do Destino, a 27ª noite do Ramadã, na qual, segundo a tradição muçulmana, os primeiros versículos do Alcorão foram revelados a Maomé.
O ministro da Saúde, Said Namaki, anunciou a reabertura das mesquitas entre meia-noite e 2 da manhã em três das cinco noites seguintes, a partir de quarta-feira.
"O maior erro estratégico seria pensar que o coronavírus acabou", alertou Namaki na televisão estatal, pedindo vigilância.
O ministro enfatizou que a reabertura temporária responde a uma "preocupação" do aiatolá Ali Khamenei, que, no entanto, "apoia todas" as medidas governamentais contra a pandemia.
O ministro instou os fiéis a respeitar "o máximo possível os protocolos sanitários" durante as cerimônias.
Também anunciou nesta terça-feira 48 mortes adicionais causadas pela covid-19, elevando o saldo nacional para 6.733 mortes.