Depois de 50 dias de confinamento, a Argentina começa a relaxar o distanciamento social sem perder de vista a cautela. Até o fechamento desta edição, o país contabilizava 6.034 casos de contágio pelo novo coronavírus e 305 mortes. A quarentena será mantida na capital, Buenos Aires. No entanto, nos fins de semana, as crianças poderão sair para dar uma volta com os pais. As praças permanecerão fechadas, e aglomerações continuarão proibidas. Desde ontem, 500 mil pessoas iniciaram a volta gradual ao trabalho, com a reabertura de 500 indústrias. Parte do comércio também foi reabilitado, beneficiando 150 mil argentinos. Os estabelecimentos comerciais de cidades do interior, como Rosário e Córdoba, poderão reabrir as portas, desde que respeitem rígidos protocolos sanitários.
No domingo, o presidente peronista, Alberto Fernández, divulgou carta intitulada “Cuidando do que foi alcançado”, na qual anuncia que a Argentina entra em uma “nova etapa” do plano do governo. “Há restrições que continuam vigentes em todo o país, mas podemos iniciar uma abertura progressiva, cuidadosa e responsável. Cuidadosa porque seguiremos etapa por etapa, de modo paulatino. A cada semana podemos somar atividades comerciais, produtivas ou de serviços para ativarmos a economia. E é responsável porque as saídas seguem sendo exclusivamente para as atividades autorizadas”, escreveu. “Sair à rua é sair para buscar o vírus.”
A Colômbia reativou, ontem, nova etapa da quarentena, com a reabertura gradual de vários setores econômicos. Até 25 de maio, quando o isolamento será encerrado, o presidente Iván Duque determinou a reativação paulatina das atividades industriais e da venda de automóveis, assim como de lojas de móveis, papelarias, lavanderias e livrarias. A condição é de que respeitem protocolos de saúde. Até o fechamento desta edição, a Colômbia tinha 11.063 casos da covid-19 e 463 mortes.
No Paraguai, o presidente, Mario Abdo Benítez, exonerou um alto chefe militar responsável pelo controle da fronteira com o Brasil, por permitir a passagem de um prefeito. O país mantém as fronteiras fechadas com o Brasil, Argentina e Bolívia há um mês para prevenir a expansão do coronavírus, que tem 724 contágios e 10 mortes no país. Mario Abdo tinha afirmado, dias antes, que a situação de contágios no Brasil “é uma grande ameaça para o país”.