A resolução, negociada desde março e sugerida pela Tunísia e pela França, exigia uma "coordenação reforçada" entre os membros da ONU e ressaltava "a necessidade urgente" de apoiar as entidades do sistema das Nações Unidas, incluindo "as agências de saúde especializadas".
Os EUA bloquearam um procedimento que permitiria que a votação do texto ocorresse, segundo fontes diplomáticas.
O presidente Donald Trump tem sido muito crítico ao trabalho da OMS, ao considerar que a entidade não lida bem com a crise na saúde global, e suspendeu o financiamento dos EUA a essa agência da ONU.
Trump, que foi acusado de retardar a reação dos Estados Unidos à pandemia da COVID-19, disse que a OMS agiu tarde demais e que a organização apoia cegamente a China, local onde o surto de coronavírus surgiu em dezembro do ano passado.
Os Estados Unidos são o maior financiador da OMS, com mais de US$ 400 milhões por ano. A organização ajuda a combater doenças em todo o mundo, incluindo a poliomielite e a malária.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pede há mais de um mês um cessar-fogo mundial, solicitando que todas as partes envolvidas nos conflitos abaixem as armas e permitam que as nações devastadas pela guerra combatam em paz o coronavírus.