A justiça do Malawi confirmou nesta sexta-feira a anulação das eleições que levaram à reeleição em 2019 do presidente Peter Mutharika, após acusações de fraude, abrindo caminho para uma nova votação em 2 de julho.
O Supremo Tribunal rejeitou por unanimidade os recursos em apelação de Mutharika e da Comissão Eleitoral (MEC) contra a anulação da votação.
"Rejeitamos os dois recursos", disse o juiz Frank Kapanda na audiência.
"A alteração dos resultados (da contagem) foi ilegal e constituiu uma irregularidade grosseira", estimaram os magistrados.
No poder desde 2014, Mutharika, de 79 anos, foi reeleito em maio de 2019 no primeiro turno das eleições.
A Comissão Eleitoral concedeu-lhe 38,5% dos votos, contra 35,4% para o opositor Lazarus Chakwera.
O Tribunal Constitucional anulou em fevereiro a vitória do presidente e ordenou uma nova eleição em 2 de julho, que agora foi confirmada pelo Supremo.
Chakwera e Mutharika apresentaram na quarta e quinta-feira suas respectivas candidaturas à MEC.