As autoridades do Quebec, província canadense com o maior número de infecções por coronavírus, anunciaram nesta segunda-feira (4/5) a prorrogação por uma semana do fechamento de estabelecimentos comerciais.
Enquanto as lojas foram reabertas na segunda-feira no resto da província de língua francesa, o primeiro-ministro de Quebec, François Legault, decidiu adiar essa medida em Montreal.
A província de Quebec acumulou mais da metade das 3.900 mortes de coronavírus registradas no país. Em Montreal, foi diagnosticada grande parte das 66.000 infecções do Canadá.
A capital da província de língua francesa se tornou o epicentro canadense da epidemia.
"Informo que, no momento, decidimos adiar a reabertura de negócios comerciais na região metropolitana de Montreal", disse o primeiro-ministro à imprensa.
"Em vez de 11 de maio, será o dia 18", afirmou Legault, que exibia um novo corte de cabelo.
"Antes que vocês me façam a pergunta, digo que foi minha esposa Isabelle quem cortou meu cabelo. Então, eu tenho seguido as diretrizes de confinamento, só queria que todos soubessem", acrescentou com um sorriso.
A decisão para o adiamento veio depois que especialistas em saúde alertaram para a existência de poucos leitos hospitalares para lidar com um eventual aumento de pacientes com COVID-19, algo que poderia acontecer se as restrições fossem atenuadas, explicou.
Legault disse que a margem de manobra "permanece muito estreita" em Montreal, observando que, pela mesma razão, ele não descartou o adiamento da reabertura de escolas primárias e jardins de infância, prevista para 19 de maio.
Quebec é a única província do Canadá que decidiu reabrir suas escolas primárias até o final deste ano acadêmico, em junho. É também a única região que permitiu que as lojas voltassem a abrir.
A província vizinha de New Brunswick também não permitiu a reabertura, apesar da segunda-feira ter marcado seu sexto dia sem novos casos de coronavírus. As 118 pessoas infectadas se recuperaram.