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EUA ameaça a China caso não respeite acordos comerciais

Acordo assinado em janeiro, após dois anos de guerra comercial, prevê que a China compre 200 bilhões de dólares em produtos americanos

A China deve honrar seus compromissos relativos à compra de produtos americanos, conforme estabelecido em um acordo assinado em janeiro, afirmou nesta segunda-feira (4/5) o secretário americano do Tesouro, Steven Mnuchin.

"Acho que eles vão honrar seus compromissos", disse Mnuchin à rede Fox Business Network, alertando para "consequências muito importantes".

"Este acordo foi negociado por um longo tempo. Foi assinado pelo presidente (chinês) Xi (Jinping) e pelo (presidente dos EUA Donald) Trump, e tenho todos os motivos para pensar que (os chineses) honrarão esse acordo", acrescentou.

Esse acordo comercial, assinado em janeiro após dois anos de guerra comercial, prevê que a China compre 200 bilhões de dólares em produtos americanos, além do que já planejava comprar nos próximos dois anos.

Mas a pandemia de coronavírus interrompeu brutalmente o comércio internacional. 

"Se não respeitarem o acordo, haverá consequências muito importantes para o nosso relacionamento e, na economia mundial, para a maneira como as pessoas negociam com eles", ameaçou Mnuchin em meio a uma escalada verbal entre os dois países. 

Após uma breve calma, as tensões retornaram entre as duas maiores potências mundiais. Washington acusa Pequim pela pandemia de Covid-19, e Trump voltou a ameaçar com impostos alfandegários punitivos.

O acordo comercial bilateral assinado em janeiro prevê US$ 77,7 bilhões em compras adicionais de manufaturas americanas, US$ 52,4 bilhões no setor de energia e US$ 32 bilhões em produtos agrícolas.

O objetivo de Washington é reequilibrar a balança comercial entre os dois países, amplamente deficitária para os Estados Unidos.