A 186 dias das eleições americanas, o democrata Joe Bien rompeu com o silêncio e negou as acusações de violência sexual feitas por uma ex-colaboradora, que remontam à década de 1990. “Eu quero abordar as acusações de uma ex-integrante da equipe de que eu teria praticado má conduta há 27 anos. Elas não são verdadeiras. Isso nunca ocorreu”, afirmou o candidato à Casa Branca. “Enquanto os detalhes das acusações de assédio e agressão sexual são complicados, duas coisas não são. Uma é que as mulheres merecem ser tratadas com dignidade, e, quando dão um passo à frente, devem ser ouvidas, não silenciadas. A segunda é que suas histórias devem estar sujeitas à investigação.”
Biden tem sido pressionado a responder às acusações de Tara Reade, 56 anos, que trabalhou em seu gabinete no Senado 30 anos atrás. A ex-assessora contou, por meio de um podcast, que o então senador Biden a violentou em um corredor do Capitólio, onde fica o Senado, em 1993. Na época, ela tinha 29 anos. Ele a prendeu contra a parede, e, em seguida, colocou as mãos por baixo da sua saia, disse Reade.
Desde então, ela tem contado esse relato à mídia, e fez um relatório de incidente junto à polícia de Washington, no início de abril. No documento, no entanto, ela não identificou Biden. Outras mulheres já acusaram o ex-vice-presidente de assédio no passado, e as acusações iniciais de Reade lembram o que já foi relatado — no entanto, menos severas do que ela recentemente tem contado.
Ao defender transparência, Joe Biden relatou ter solicitado a autoridades que procurassem o registro da queixa sobre o crime no Arquivo Nacional, onde, de acordo com ele, qualquer dossiê deve estar armazenado. “Não tenho nada a esconder”, informou o candidato democrata. Biden se mostra reticente à ideia da busca por provas sobre o tema nos seus documentos do Sebado, doados à Universidade de Delaware, no seu estado de origem. Esses documentos “não têm assuntos pessoais”, afirmou.