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Pessoas em situação de rua dormem no metrô vazio de Nova York

Um vídeo filmado por um motorista do metrô na cidade e divulgado pelo jornal New York Post mostra moradores de rua dormindo em quase todos os vagões, alguns carregando sacolas plásticas, malas e caixas cheias de pertences

A população em situação de rua está cada vez mais se refugiando nos vagões do metrô de Nova York em meio à crise econômica causada pelo coronavírus, uma questão que, segundo o prefeito Bill de Blasio e o governador Andrew Cuomo, será resolvida.   

Um vídeo filmado por um motorista do metrô na cidade e divulgado pelo jornal New York Post mostra moradores de rua dormindo em quase todos os vagões, alguns carregando sacolas plásticas, malas e caixas cheias de pertences. 

"Eu tenho que ir trabalhar lá dentro?", diz o motorista no vídeo. "Não faz sentido". 

Outros vídeos parecidos, além de uma série de fotos, também foram publicadas pelo New York Daily News.

"O que acontece nesses vagões é desagradável", disse Cuomo na terça-feira. 

A redução de mais de 90% do uso do metrô permitiu que houvesse mais espaço nos trens e nas estações, que acabaram por se tornar refúgio para os sem-teto. 

Nesta quarta-feira, Cuomo pediu ao MTA, que gerencia o transporte público de Nova York - que é uma entidade independente, mas que ainda depende do governo estatal, não do município - para limpar e desinfetar os trens todas as noites. 

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"Isso precisa acabar", disse ele. "Os trens devem ser limpos e os sem-teto devem receber os serviços adequados", acrescentou. 

Cuomo disse que exigia da prefeitura um plano para desinfetar os trens todas as noites. 

"Qualquer trabalhador essencial que pegar o metrô deve saber que foi desinfetado na noite anterior", disse Cuomo a repórteres nesta quarta. 

"Queremos que eles consigam trabalhar. Não queremos que fiquem em casa", ressaltou. 

Há alguns anos, o MTA foi alvo de uma batalha entre o governador e o prefeito, antigos rivais, que acusam um ao outro por sua deterioração, sujeira e falta de investimento.

No início da semana, o prefeito propôs à entidade responsável pelo transporte público que feche todos os dias, entre a meia-noite e às cinco da manhã, 10 estações no final das viagens.

Isso permitiria uma limpeza mais completa, além de que a polícia e os serviços responsáveis por retirar os sem-teto dos vagões e das estações e propor-lhes asilo em abrigos. 

No entanto, a superlotação levou a uma explosão de casos de COVID-19 nesses abrigos. 

Nas redes sociais, usuários enfatizaram que a população em situação de rua é forçada a dormir no metrô por falta de opções seguras. 

O fechamento de cafés e restaurantes de fast food privou muitas dessas pessoas o uso de banheiros, o acesso à água e a um lugar para descansar.