É o que acontece em Cremona, na Lombardia (norte), onde o volume dobrou em um mês.
"Em comparação com antes da pandemia, o lixo especial potencialmente infectado dobrou e até mesmo triplicou (em volume)", diz à AFP-TV Maria Rosaria Vino, responsável pela gestão dos resíduos no hospital de Cremona, sudeste de Milão.
"Pedimos à empresa que elimina os resíduos que intensificasse sua coleta, e não tivemos nenhum problema", afirma.
A direção do hospital forneceu a seus funcionários um treinamento rápido sobre o manuseio de resíduos perigosos, pedindo-lhes que usem máscaras, luvas, óculos de proteção e roupas de proteção completas.
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"Os operadores encarregados da eliminação de resíduos não enfrentam um risco diferente do que enfrentavam antes da pandemia. Mas nós os treinamos no uso de todas as proteções", destaca o diretor médico do hospital, Lorenzo Cammelli.
Em cada serviço, uma área especial foi designada para armazenar esse tipo de lixo e, nela, a equipe pode ficar no máximo duas horas. Os resíduos são evacuados, utilizando-se um elevador de carga e um corredor dedicado exclusivamente para eles, localizado no subsolo do hospital. De lá, são levados para um depósito externo.
Estes resíduos são submetidos a um teste de radioatividade e podem permanecer neste local por, no máximo, cinco dias. Em seguida, uma empresa externa transfere esse material, eliminando-os em outro local.
"Os responsáveis pelo transporte recebem os contêineres de resíduos já fechados. Não há riscos adicionais para eles", disse Cammelli.
A Lombardia é a região italiana mais afetada pela COVID-19, com cerca de 13.500 mortes, metade do saldo do país.