Mundo

Afeganistão libertará mais de 12.400 prisioneiros por pandemia

Os beneficiários desta primeira medida foram as mulheres, as crianças, os doentes graves e os detidos com mais de 55 anos

Mais de 12.000 prisioneiros serão libertados em breve no Afeganistão para evitar a propagação do novo coronavírus, anunciou nesta segunda-feira (27) o governo, além dos outros quase dez mil que estão em processo de soltura.  

"Para evitar a propagação do coronavírus nas prisões, o presidente Ashraf Ghani emitiu um decreto que ordena a libertação de 12.399 detidos", tuitou o centro de imprensa do governo. 

No fim de março, o Afeganistão tinha anunciado a soltura de 9.000 a 10.000 prisioneiros "em dez dias" pelas mesmas razões. Mas nem todos foram libertados ainda. 

Os beneficiários desta primeira medida foram "as mulheres, as crianças, os doentes graves e os detidos com mais de 55 anos", indicaram as autoridades na ocasião. 

Estas libertações não estão vinculadas a uma troca de prisioneiros sobre a qual o governo afegão e os talibãs têm desavenças há semanas e que deveria levar a diálogos de paz. 

Até agora, Cabul libertou centenas de talibãs nesse contexto, frente a algumas dezenas de ex-prisioneiros dos insurgentes. 

O Afeganistão tem oficialmente 57 mortos por COVID-19 e mais de 1.700 contagiados, mas podem ser muitos mais, devido à carência de testes realizados neste país de 35 milhões de habitantes, com capacidade médica muito limitada após 40 anos de conflitos.