Um general de alta patente dos Estados Unidos disse, ontem, que as forças armadas americanas não tinham indícios de que o ditador norte-coreano Kim Jong-un esteja incapacitado ou perdido o controle do Exército do país.
“Posso dizer que, de acordo com nossa inteligência, não tenho nada para confirmar ou negar nada”, disse o vice-presidente do Estado-Maior Conjunto, John Hyten, durante uma coletiva de imprensa. “Suponho que Kim Jong-un ainda tenha controle total da força nuclear e das forças militares coreanas”, acrescentou.
A Coreia do Norte comemorou o 108º aniversário do nascimento do fundador do regime, Kim Il-sung, avô do atual líder, em 15 de abril. Essa data é a mais importante no calendário político do Norte. Mas Kim Jong-un não foi visto em nenhuma das fotografias oficiais.
O Daily NK, um meio de comunicação on-line administrado, principalmente, por dissidentes norte-coreanos, disse que o líder norte-coreano havia sido operado em abril por problemas cardiovasculares e estava se recuperando na província de Phyongan.
A Casa Branca também se mostrou prudente sobre essas informações. O presidente Donald Trump desejou “boa sorte” a Kim Jong-un na terça-feira, mas disse que os rumores a respeito de sua saúde não foram confirmados. “Desejo-lhe o melhor”, disse Trump à imprensa na Casa Branca, destacando seu bom relacionamento com o líder da Coreia do Norte. “Se o seu estado de saúde é como o relatado pela mídia, é muito sério”, afirmou.
Trump enfatizou que ninguém confirmou a informação. As autoridades sul-coreanas, no entanto, subestimaram as informações. Uma importante autoridade citada pela agência de notícias Yonhap disse, sob condição de anonimato, que não era verdade que Kim Jong-un estivesse gravemente doente.