Gavazzo já cumpre pena de 25 anos, desde 2009, pelo assassinato de outras 28 pessoas durante a ditadura militar no Uruguai.
O juiz Nelson Dos Santos comunicou sua decisão ao promotor especializado em Crimes Contra a Humanidade, Ricardo Perciballe, que em outubro passado havia denunciado Gavazzo pelo desaparecimento, em 1977, do professor e jornalista Julio Castro.
"A luz das provas, cabe concluir que José Nino Gavazzo Pereira é o responsável pela morte de Julio Castro, que comandava as pessoas que detiveram, torturaram e assassinaram (...)" Castro.
Os restos mortais de Castro foram localizados em 2011 em um terreno do Exército. Os legistas concluíram que foi torturado e morreu com um tiro na cabeça.
O desaparecimento do professor foi denunciado à Justiça por seu filho Julio Castro Ures, em 1985, logo após o retorno à democracia.
Em 2003, a Comissão para a Paz formada para esclarecer o destino dos desaparecidos durante a ditadura concluiu que Castro foi detido, levado a um centro clandestino e executado após tortura.