O número de pedidos para a semana encerrada em 4 de abril representa uma ligeira queda em relação à semana anterior, quando foram registradas 6,9 milhões de solicitações - um valor que foi revisado para cima -, um nível nunca visto antes nos Estados Unidos. Com esses últimos dados semanais, o número total de novos pedidos de trabalhadores que perderam o emprego chega a quase 17 milhões de pessoas, o que representa um indicativo dos danos que a pandemia de coronavírus está causando na economia dos Estados Unidos.
Os números desta quinta-feira foram piores que as previsões dos analistas. Agora, os economistas alertam que o número de desempregados chegará a dois dígitos em abril. A consultora Oxford Economics disse em nota que espera ver uma perda de 24 milhões de empregos em abril, o que elevaria a taxa de desemprego para 14%. Em março, o Congresso aprovou um pacote de estímulo de US$ 2,2 trilhões para parar o sangramento da pandemia de coronavírus.
O Legislativo contempla fornecer mais dinheiro a um programa de US$ 350 bilhões para conceder créditos a pequenas empresas, para incentivá-las a não demitir seus trabalhadores. Rubeela Farooqi, da consultoria High Frequency Economics, alerta que a perda de empregos vai continuar. "Com grandes porções da economia ainda fechados (inativos), esses níveis provavelmente permanecerão altos, à medida que as empresas continuarem a reduzir o tamanho ou a licenciar sua força de trabalho", escreveu ela em uma análise.
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No entanto, algumas autoridades do Fed estimam que a pandemia não terá efeitos tão duradouros quanto a crise financeira de 2008. Para o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, enquanto a economia avança americana "a uma taxa alarmante" em direção a uma "taxa de desemprego muito alta", assim que as empresas puderam retomar os negócios, "há muitas razões para acreditar que a recuperação econômica será sólida".