Um estudo publicado, no fim de semana, na revista American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine identifica as características mais comuns de 85 pacientes com Covid-19 que morreram em Wuhan, China, nos estágios iniciais da pandemia do coronavírus. De acordo com os pesquisadores, o artigo pode ajudar nas políticas de saúde direcionadas aos grupos de risco.
“Esperamos que esse estudo transmita a seriedade dessa doença”, escreveram os autores, especialistas do Hospital Universitário da cidade que foi o epicentro da epidemia chinesa.
A idade média das vítimas foi de 65,8 anos, e 72,9% delas eram do sexo masculino. Os sintomas mais comuns foram febre, falta de ar e fadiga. Hipertensão, diabetes e doença coronariana despontaram como as comorbidades mais comuns. As complicações incluíram insuficiência respiratória, choque, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) e arritmia cardíaca, entre outras.
A maioria dos pacientes foi tratada com antibióticos, antivirais e glicocorticoides (tipos de esteróides). Alguns receberam imunoglobulina intravenosa ou interferon alfa-2b. Os pesquisadores observaram que a combinação dos medicamentos antimicrobianos não teve eficácia. A maioria dos pacientes estudados morreu de falência múltipla de órgãos.