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Diretor da OMS defende isolamento social e ajuda a empresas e trabalhadores

Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que surtos anteriores de doenças mostraram que, quando os sistemas de saúde estão assoberbados, "as mortes que poderiam ser prevenidas por vacinas ou tratamentos aumentam dramaticamente"

Correio Braziliense
postado em 30/03/2020 22:06
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom GhebreyesusA Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou nesta segunda-feira para o fato de que a pandemia de coronavírus tem pressionado os sistemas de saúde em muitos países. Diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que surtos anteriores de doenças mostraram que, quando os sistemas de saúde estão assoberbados, "as mortes que poderiam ser prevenidas por vacinas ou tratamentos aumentam dramaticamente".

Nesse contexto, a OMS informou que publica nesta semana um relatório para orientar países a conseguir lidar com os impactos da pandemia, sem abrir mão dos demais serviços no setor. Ghebreyesus também comentou que falou mais cedo em teleconferência com ministros de Comércio do G-20, insistindo na importância de que seja garantida a logística de transporte de itens médicos para lidar com a situação. "É preciso manter a livre movimentação de produtos de saúde essenciais", insistiu Ghebreyesus.

No contexto de combate à pandemia, a OMS afirmou que medidas de restrição à circulação de pessoas "são difíceis, mas a alternativa é pior", já que a livre movimentação acelera o número de novos casos, pressionando os sistemas de saúde. O comando da entidade lembrou que essas restrições podem fazer autoridades ganharem tempo para a resposta ao problema.

Ao mesmo tempo, notou que, no quadro atual de restrições em vários países, a maioria dos novos casos acontece dentro das casas das pessoas, por isso a importância de se continuar a buscar esses casos para isolá-los e reduzir a disseminação da doença.


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Ghebreyesus lembrou ainda que muitas pessoas, inclusive em países ricos, dependem de seu trabalho diário para conseguir comprar sua comida. Ele afirmou que os governos precisam levar esse contexto em conta, na hora de elaborar suas políticas.

"Temos de ver não apenas o impacto no PIB, mas na vida dos indivíduos", ressaltou. Vários países têm adotado medidas fiscais para se contrapor à piora econômica, por exemplo prometendo pagamentos diretos aos trabalhadores mais afetados e concedendo empréstimos a empresas. 

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