Correio Braziliense
postado em 27/03/2020 15:43
Bruxelas, Bélgica - Um gato foi infectado por seu dono que estava doente do novo coronavírus na Bélgica, informaram nesta sexta-feira (27) as autoridades sanitárias, que explicaram se tratar de um caso raro e descartaram o risco de contaminação ao ser humano. A descoberta de um caso "confirmado" em um gato foi realizada por pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária de Liège, segundo explicaram as autoridades da saúde em coletiva de imprensa.
Trata-se de um "caso isolado" que pode acontecer depois de um "contato próximo entre o animal e o homem (infectado)", destacou o médico Emmanuel André, um dos porta-vozes das autoridades sobre a crise por causa da pandemia.
O vírus pode ser transmitido do homem para o animal, mas "não há razão para pensar que os animais possam ser vetores da epidemia em nossa sociedade", insistiu o médico, mencionando as análises científicas feitas em todo o mundo sobre o assunto.
Os casos de contaminação dos animais domésticos são raros. Em Hong Kong, as autoridades informaram nas últimas semanas sobre dois cachorros que "testaram positivo para a Covid-19" durante uma campanha de detecção feita com 17 cachorros e oito gatos que vivem em contato com pessoas portadoras do vírus.
Em Hong Kong, "os cachorros não apresentavam nenhum sintoma", enquanto na Bélgica "o gato sofreu de problemas respiratórios e digestivos transitórios", afirmou por sua vez a Agência Federal Belga para a Segurança da Cadeia Alimentar (Afsca), em comunicado.
"Até agora, nada indica que um animal doméstico possa transmitir o vírus ao homem ou a outros animais domésticos", afirmou a instituição belga.
"O risco de transmissão do vírus dos animais domésticos aos seres humanos é insignificante em comparação ao risco de transmissão por contato direto entre seres humanos", ressaltou a Afsca.
Saiba Mais
Por precaução é "altamente recomendável" aplicar regras clássicas de higiene com os animais domésticos: "evitar os contatos próximos com eles, lavar as mãos depois de manipulá-los ou deixar que os animais lambam o seu rosto".
Trata-se de medida para impedir a transmissão do vírus ao animal e de evitar que o mesmo se torne um portador do vírus, concluiu a Afsca.
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