"A UE deve aprender as lições do passado e não voltar a falhar com os cidadãos", tuitou Sánchez, referindo-se à crise financeira iniciada em 2008, quando os países-membros mais ricos mostraram-se intransigentes em relação aos vizinhos do sul, fortemente endividados.
"A resposta europeia deve ser solidária, com foco nos mais vulneráveis", insistiu o chefe de governo socialista, cujo país é o segundo com mais vítimas fatais, atrás da Itália. "A UE deve impulsionar um plano de reconstrução que reforce os mecanismos do estado europeu de bem-estar", assinalou.
Os 27 países-membros não conseguiram definir ontem a resposta econômica e financeira para a crise sanitária, durante uma reunião de cúpula que terminou com o premier português denunciando a "mesquinharia" da Holanda.
Segundo a imprensa holandesa, a ministra das Finanças daquele país, Wopke Hoekstra, sugeriu investigar-se por que certos países não pouparam o suficiente e, agora, não têm margem orçamentária para enfrentar a pandemia.
"Esse discurso é repugnante dentro da União Europeia", criticou ontem o mandatário português, Antonio Costa, advertindo que "mesquinharia recorrente mina totalmente o espírito da União Europeia.
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Esta crise não será resolvida se cada país decidir agir por sua conta", assinalou, por sua vez, a ministra da Fazenda e porta-voz do governo espanhol, María Jesús Montero, lembrando que este tipo de atitude "espalhou sementes de descontentamento" com a Europa durante a recessão iniciada em 2008.
Como na crise da dívida da zona do euro, entre 2010 e 2012, trava-se uma batalha dentro da UE entre o sul, partidário de uma maior solidariedade fiscal, e o norte, desconfiado da negligência orçamantária dos vizinhos.