Susanne Thiele, do Centro Helmoltz de Pesquisa de Doenças Infecciosas de Brunswick (norte), confirmou as informações divulgadas pelo Der Spiegel de que o estudo, que deve começar em abril, será baseado em amostras de sangue coletadas em intervalos regulares de mais 100.000 pessoas.
Os pesquisadores analisarão se produzem anticorpos contra a Covid-19, prova de que contraíram a doença e depois se restabeleceram.
"Um tipo de carnê de vacinação para pessoas imunizadas poderia ser estabelecido, o que lhes permitiria retomar suas atividades, apesar das restrições ainda em vigor", explicou Gérard Krause, chefe do serviço de epidemiologia no centro Helmoltz.
Assim, os cientistas querem determinar a magnitude da pandemia na Alemanha e quantas pessoas infectadas morrem com o vírus. Os resultados do estudo, cujo lançamento ainda não foi definitivamente aprovado, poderiam facilitar a tomada de decisões sobre a reabertura de escolas ou a autorização de grandes eventos.
No entanto, os primeiros resultados podem não ser totalmente conclusivos, pois 90% dos adultos já estão imunizados contra vírus menos perigosos que pertencem à mesma família."Os pesquisadores esperam que um teste mais preciso esteja disponível em dois a três meses", disse Der Spiegel.
A Alemanha, com mais de 42.000 casos da Covid-19, adotou medidas de confinamento para tentar impedir a propagação do vírus, fechando escolas, lojas - exceto supermercados -, além de restaurantes e bares.