"Quase 90% dos centros do ensino infantil, fundamental e médio da região estão fechados pela pandemia e o percentual está crescendo rapidamente", afirmou em um comunicado o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com base em dados da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
"Esta é uma crise educativa sem precedentes na história recente da América Latina e do Caribe", afirmou Bernt Aasen, diretor do Unicef para a região.
"Se a situação for prorrogada, há um grande risco de meninos e meninas ficarem para trás em sua curva de aprendizado e de que os alunos e alunas mais vulneráveis não retornem às aulas", alertou Aasen.
"É vital que recorram a todas as ferramentas e canais disponíveis, seja através de rádio, televisão, internet ou celulares, para enfrentar o desafio com um esforço conjunto dos Estados, do setor privado, dos pais e dos meninos e meninas".
O Unicef fez um apelo para o estímulo de conteúdos acessíveis em rádio e televisão para os menores em risco de exclusão, sem acesso à internet, com deficiência, migrantes e de comunidades indígenas.
Neste sentido, a agência da ONU afirmou que trabalha ao lado dos governos da região e de outros aliados para "desenvolver métodos flexíveis de ensino à distância com conteúdos tanto digitais, como para rádio e televisão, assim como materiais de leitura e tarefas guiadas".
O fechamento das escolas também afeta outros serviços escolares importantes: alimentação, recreação, atividades extracurriculares e apoio pedagógico, assim como serviços de saúde e de água, saneamento e higiene.
Por isto, o Unicef e seus sócios iniciam esta semana a campanha digital de alcance regional #AprendoEmCasa "para proporcionar às famílias e educadores da região ferramentas educativas e de treinamento gratuitas, assim como conselhos e exemplos de boas práticas de saúde e higiene.