Gokmen Tanis, de 38 anos, foi declarado culpado por atirar com uma pistola contra passageiros que estavam em um trem, enquanto gritava "Allahu Akbar" ("Deus é maior", em português). Tanis "causou morte e destruição durante dois minutos e nove segundos", e foi "condenado pelo tiroteio de caráter terrorista", disse a Corte de Utrecht, em comunicado.
Ele foi declarado culpado pelo assassinato de quatro pessoas, por tentativa de assassinato de três pessoas, e por ameaça de um "crime terrorista" contra 17 pessoas. "Só a prisão perpétua é apropriada", acrescentou o tribunal.
Tanis, já conhecido pela Justiça holandesa por roubo e estupro, foi preso no dia do ataque e confessou os seus crimes dias depois. Matou uma mulher de 19 anos e três homens, de 28, 49 e 74 anos, além de ferir dezenas de pessoas.
O tiroteio foi o pior atentado cometido na Holanda. O tribunal ressaltou que "segundo os especialistas, o seu crescente interesse pela religião e sua radicalização não são frutos de uma crença interna, mas sim de uma frustração por seus próprios problemas e fracassos na vida".