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Johnson prevê 12 semanas difíceis




No terceiro dia consecutivo de entrevista sobre o novo coronavírus, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, previu ontem que o país poderá reverter o atual crescimento do surto da Covid-19 dentro de 12 semanas. Ele também informou que um primeiro paciente em solo britânico está sendo acompanhado de perto após ter sido submetido a medicamentos para tratar a doença.

“Se fizermos o que foi recomendado, diminuiremos o pico (de incidência da Covid-19)”, estimou o premiê. Muito criticado pela demora nas ações de governo para combater a propagação do Sars-Cov-2, há três dias, Johnson mudou de comportamento e, desde terça-feira, tem dado declarações à imprensa para comentar as novidades e as ações tomadas em relação à pandemia no país.

O premiê reforçou que é preciso evitar viagens e contatos desnecessários, e também deixar de frequentar lugares como restaurantes, cafés e bares, entre outros, para evitar a disseminação do vírus, como já havia sugerido nos últimos dias. Ele voltou a estimular os britânicos para que, quando possível, trabalhem de casa e que lavem as mãos frequentemente.

A partir de segunda-feira, a maior parte dos alunos não precisará mais ir às escolas. “Eu sei que é difícil, e, por isso, só conseguiremos fazer isso juntos”, afirmou. Ele não descartou outras medidas de contenção, especialmente em Londres, onde a disseminação do vírus é mais rápida.

Ontem, dezenas de estações de metrô de Londres amanheceram inoperantes, seguindo a recomendação do primeiro-ministro de evitar deslocamentos não essenciais, anunciou a Transport for London (TfL), que administra os transportes públicos na cidade. “Até 40 estações de metrô que não têm conexões com outras linhas serão fechadas até novo aviso”, destacou a TfL.

A agência também vai suspender o serviço noturno de hoje e de amanhã, e pretende reduzir o número de ônibus. A TfL pediu aos londrinos que utilizem o transporte público apenas por razões “indispensáveis” e que deixem o serviço reduzido para os funcionários essenciais na luta contra a Covid-19.