“Temos outras prioridades e acho que a Olimpíada deveria ser a última delas. Devemos adiá-la ou simplesmente cancelá-la por agora e pensar em remarcá-la para outro momento. Em muitos países europeus, assim como asiáticos, o esporte parou de forma significativa. Não há como um atleta olímpico treinar eficientemente, não só em modalidades individuais, mas também coletivas. Considero injusto para o movimento olímpico dizer que vamos seguir em frente, que os Jogos ocorrerão normalmente e que estamos comprometidos com o evento em julho quando há duas forças, 'estar na Olimpíada' e 'todo o resto', puxando o atleta em sentidos distintos, provocando uma enorme tensão”, declarou.
Pinsent esteve em uma videoconferência do COI com atletas e ex-esportistas na última quarta (18). O britânico, medalhista de ouro no remo em quatro edições consecutivas da Olimpíada (1992 a 2004), disse que o comitê e seu presidente, Thomas Bach, estão agindo como “surdos” às demandas dos competidores em meio à pandemia.
“A decisão de restabelecer [os Jogos], seja no fim do ano, no próximo ou daqui dois, quatro anos, não precisa ser tomada agora, pode esperar. O ideal é você avisar com antecedência que a Olimpíada não acontecerá conforme planejado, que em julho a situação será reavaliada e, então, será anunciado o que ocorrerá. Para ser honesto, é como a maioria dos esportes lidou com isso [pandemia do novo coronavírus]”, concluiu.