"Veja o dia típico das pessoas agora: elas trabalham on-line, talvez utilizando ferramentas colaborativas que usam servidores Amazon. Elas compram on-line e se divertem à noite com plataformas como a Netflix, que opera a partir do serviço de aramzenamento na nuvem da Amazon",disse Bob O'Donnell, da Technalysis Research.
As medidas de quarentena representam uma grande oportunidade para tentar mudar os hábitos do consumidor, especialmente aqueles que ainda preferem empresas próximas ou que saem de casa para comprar alimentos.
A Amazon e seus concorrentes têm uma chance de melhorar: em 2019, 11% das vendas no varejo foram feitas online nos Estados Unidos e 14% no mundo, de acordo com a empresa eMarketer. Mas eles ainda precisam ser capazes de responder à explosão de pedidos.
"Certos produtos básicos domésticos e certos produtos médicos estão fora de estoque ... Agora, esses produtos de alta demanda terão prioridade em nossos centros de pedidos" até 5 de abril, informou um porta-voz da Amazon nesta terça-feira.
100.000 contrataçoes
Durante muito tempo, o grupo do bilionário Jeff Bezos obteve lucros muito baixos, tendo os reinvestido em armazéns e servidores, espinha dorsal da plataforma de vendas online e na nuvem (computação remota).
Atualmente, a Amazon representa 37% do negócio online nos Estados Unidos e controla a maior parte de sua cadeia de suprimentos, exceto quando as fábricas param. "Sua fraqueza são as entregas", continua. "Se a UPS ou a Fedex fechassem, a Amazon não seria capaz de distribuir".
A empresa anunciou na segunda-feira que recrutará 100.000 pessoas para seus armazéns e operações de entrega nos Estados Unidos. Os funcionários americanos e europeus nessas atividades agora receberão cerca de 2 dólares a mais por hora "para que outros possam ficar em casa".
O grupo de Seattle, cidade que é um dos focos de surto da Covid-19 nos Estados Unidos, deve acompanhar a demanda enquanto protege suas equipes - 800.000 pessoas em todo o mundo, sem contar com sterceirizados e trabalhadores temporários.
Se o grupo conseguir impedir a propagação do vírus em seus centros de distribuição, "eles serão aplaudidos como salvadores", diz Patrick Moorhead, da Moor Insights and Strategy.