Segundo o presidente, a medida terá uma vigência de 90 dias. O estado de exceção, segundo Piñera, permitirá maior segurança a todos os hospitais e centros de saúde, protegerá a cadeia logística, a transferência de suprimentos médicos e facilitará o atendimento e a transferência de pacientes e equipe médica.
Além disso, permitirá resguardar o cumprimento das quarentenas e medidas de isolamento social, junto com a cadeia de produção e distribuição para garantir o abastecimento normal da população, diante de uma maior demanda nos supermercados e farmácias.
“As Forças Armadas serão capazes de agir como verdadeiras forças sanitárias, colaborando com todos os funcionários do nosso sistema de saúde”, afirmou Piñera.
Dessa forma, o governo chileno devolve os militares às ruas, como durante os primeiros 10 dias que se seguiram ao surto social iniciado em 18 de outubro, em meio a fortes criticas por acionar as tropas nas ruas.
A medida de exceção decretada nesta quarta-feira (18/3) permite ao presidente ditar uma série de medidas, “incluindo a restrição de reuniões em espaços públicos, garantir a distribuição de bens e serviços básicos, ordenar a formação de reservas de alimentos e outros bens necessários para a atenção e subsistência da população”.
Além disso, permite “estabelecer quarentenas ou toque de recolher, emitir medidas para a proteção dos serviços de utilidade pública e limitar o trânsito ou locomoção de pessoas”, explicou Piñera.
Até esta quarta-feira, o Chile contabiliza 238 pessoas infectadas pelo coronavírus e, embora haja pacientes com assistência respiratória, nenhum corre perigo vital, informou o Ministério da Saúde.