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Franceses em confinamento



Seguindo os passos da Espanha e da Itália, a França, que registra mais de 6,6 mil infecções e 148 mortes,  e, desde o meio-dia de ontem, colocou seus 67 milhões de habitantes em confinamento geral, em meio à “guerra” contra a Covid-19, nas palavras de seu presidente, Emmanuel Macron. Muitos franceses escolheram deixar a capital francesa ainda na segunda-feira à noite, um êxodo semelhante ao verificado em Madri dias antes.

Os espanhóis vivem em quase confinamento desde sábado. E, apesar dos sinais de uma ligeira “desaceleração”, segundo o responsável pelas emergências de saúde Fernando Simón, os casos de contágio aumentaram, ontem, em quase 2 mil em apenas 24 horas e atingiram 11.178. As mortes no país já chegam a 500.

Ontem, os países da União Europeia (UE) apoiaram o isolamento do continente, em uma teleconferência. A Irlanda não aplicará essas restrições, pois possui uma área de passagem livre comum com o Reino Unido, país que deixou o bloco europeu em janeiro e “não planeja implementar restrições nas fronteiras externas”, de acordo com a chefe do executivo da comunidade, Ursula von der Leyen.

O governo francês, por sua vez, poderá impedir a entrada de britânicos se o Reino Unido não tomar medidas mais restritivas contra o coronavírus, alertou o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe. Na segunda-feira, o premiê britânico, Boris Johnson, anunciou medidas drásticas de contenção, pedindo ao público que evite viagens e contatos desnecessários, promova o trabalho home office e pare de frequentar locais públicos, como teatros e bares.

Os líderes também concordaram em “coordenar” o retorno dos europeus que estão no exterior sem poder transitar.