A Organização Mundial da Saúde (OMS) também declarou estar preocupada com o avanço da Covid-19 entre comunidades mais pobres. “Até agora, vimos epidemias em países com sistemas de saúde avançados. E mesmo eles lutaram para lidar. À medida que o vírus se desloca para países de baixa renda, estamos profundamente preocupados com o impacto que poderia ter entre populações com alta prevalência de HIV ou entre crianças desnutridas”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade.
O órgão também divulgou uma série de medidas para evitar a disseminação do vírus. Entre elas, a recomendação de que as pessoas tomem atitudes “mais solidárias”, que não prejudiquem os outros ao tentar se proteger da doença. “Evitem acumular itens essenciais, incluindo medicamentos. A acumulação pode criar escassez de remédios e de outros produtos que podem agravar o sofrimento”, pontuou a OMS, em um comunicado. “Lavar as mãos ajudará a reduzir o risco de infecção. Mas também é um ato de solidariedade, pois reduz o risco de você infectar outras pessoas em sua comunidade e em todo o mundo. Faça por si mesmo, faça pelos outros”, defendeu Tedros.
Segundo o diretor da entidade, o momento é decisivo para o planeta. Crises como a atual, disse ele, são um momento em que o melhor e o pior da humanidade afloram. “É a crise global definidora dos nossos tempos. Os próximos dias, semanas e meses serão um teste da nossa confiança na ciência e um teste de solidariedade. O espírito humano da solidariedade precisa se tornar mais infeccioso do que o vírus.”
Lançado na última sexta-feira, o Fundo de Resposta de Solidariedade Covid-19 arrecadou mais de US$ 19 milhões, doados por cerca de 110 mil pessoas. O dinheiro será usado para comprar testes de diagnóstico, suprimentos para os profissionais de saúde e apoiar a pesquisa.