Os sensores usam frequências de rádio para transmitir dados sem fio do bebê para as telas dos postos de enfermagem. Eles também podem enviar dados diretamente para um smartphone ou um tablet. “A beleza da tecnologia é que ela pode operar com uma ampla gama de dispositivos móveis sem sacrificar a precisão, em relação aos sistemas mais sofisticados usados hoje em hospitais”, acredita Shuai Xu, dermatologista da Northwestern.“Você não precisa de equipamentos caros que exijam a instalação por um engenheiro especializado e um departamento de tecnologia de informação. Você retira o seu dispositivo móvel, conecta-se aos nossos sensores e cuida dos pacientes.”
Xu, que também é diretor médico do Instituto Querrey Simpson de Bioeletrônica, professor-assistente de dermatologia e pediatria em Feinberg e professor-assistente de engenharia biomédica em McCormick, passou os últimos seis meses liderando uma equipe de engenheiros na instalação da tecnologia em hospitais no Quênia e na Zâmbia, trabalhando com enfermeiros e médicos. O programa envolverá o teste dos sensores em 15 mil gestantes e 500 recém-nascidos até meados de 2021.
Até agora, 42 bebês no Quênia usaram os sensores sem fio ao lado de sistemas tradicionais de monitoramento padrão ouro, para que os pesquisadores pudessem fazer uma comparação quantitativa direta. Depois de validar o dispositivo no Hospital Universitário Aga Khan, a equipe planeja transferir a tecnologia para hospitais com poucos recursos na África rural, onde a necessidade é maior. “A urgência em Nairóbi é significativa, mas nada comparado à das áreas rurais”, conta Rogers. “Há espaço para melhorias em todos os lugares, mas o valor agregado de criar sistemas de monitoramento de assistência médica acessíveis é muito mais alto nessas localidades.” (PO)