O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, ontem, estado nacional de emergência no país, liberando US$ 50 bilhões em fundos federais para o combate à pandemia de coronavírus, em rápida expansão. Até a tarde de ontem, a Covid-19 havia infectado mais de 1,7 mil pessoas nos EUA, com 41 mortes.
Trump convocou todos os estados norte-americanos a criar centros de operações de emergência e disse que o governo está acelerando os testes, em meio a críticas à falta de kits de exames em todo o país.
A emergência nacional também confere uma ampla autoridade ao secretário de Saúde dos EUA para renunciar a uma série de regulamentos, inclusive permitindo que hospitais contratem mais funcionários para suas equipes.
As autoridades americanas foram criticadas por terem demorado a fornecer kits de teste, o que, segundo especialistas em saúde, teria permitido que o vírus se espalhasse além da capacidade do país de detectá-lo.
Também ontem, Washington convocou o embaixador da China, Cui Tiankai, depois que uma alta autoridade em Pequim publicou um tuíte sugerindo que os militares americanos iniciaram a pandemia do novo coronavírus, informou o Departamento de Estado.
David Stilwell, o principal diplomata americano na Ásia, apresentou uma manifestação severa ao representante da diplomacia chinesa nos EUA, um dia depois que o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, tuitou o que foi considerado uma teoria da conspiração.
“Pode ser que um militar dos EUA tenha trazido a epidemia para Wuhan. Seja transparente! Torne públicos seus dados! Vocês nos devem uma explicação”, tuitou Zhao, conhecido por suas declarações provocadoras nas mídias sociais. Os cientistas, de modo geral, acreditam que a pandemia começou em um mercado em Wuhan que vendia animais exóticos para consumo.