Centenas de manifestantes pró-democracia vestidos de preto caminharam para o Parlamento tailandês, nesta sexta-feira (13/2).
Esta é uma imagem inédita desde o golpe de Estado de 2014, que levou ao poder ao general Prayut Chan-O-Cha, que dirige um governo civil.
Em janeiro, uma concentração "contra a ditadura" reuniu milhares de pessoas em um parque da cidade, mas esta é a primeira manifestação nas ruas da capital.
"Não temos medo", diziam os estudantes, vestidos de preto em sinal de "luto pela morte do Estado de direito, a justiça e a democracia".
O motivo de sua insatisfação é a dissolução, em fevereiro, do partido de oposição Future Forward e a inabilitação de 16 de seus afiliados.
Esta sigla se tornou a terceira força política do reino nas legislativas de 2019, graças, sobretudo, aos votos dos jovens tailandeses, preocupados com o papel do Exército na política.
Às turbulências políticas se somam as dificuldades econômicas e a epidemia do novo coronavírus, que espantou os turistas, vitais para as finanças do país.
Um ano depois das legislativas, a Tailândia, palco de 12 golpes de Estado desde a abolição da monarquia absoluta em 1932, continua profundamente dividida.