Mundo

Medicamento criado por Cuba cura mais de 1.500 pessoas com coronavírus

De acordo com o governo do país, o remédio é eficiente contra o novo vírus

Correio Braziliense
postado em 12/03/2020 20:27

De acordo com o governo do país, o remédio é eficiente contra o novo vírusCuba tem usado um medicamento para tratar pacientes infectados pelo novo coronavírus na China. De acordo com o jornal oficial do país, Granma, o remédio já foi responsável pela cura de mais de 1.500 pessoas.  Trata-se do Interferón alfa 2B, um medicamento que já existia e era usado para tratamento de doenças como dengue e HIV. 

 

O medicamento é um dos 30 escolhidos  pela Comissão Nacional de Saúde chinesa para ser usado no país para tratamento do coronavírus. No domingo (8/3), o presidente de Cuba, Miguel Díaz Canel, comemorou em seu perfil no Twitter a parceria com a China. O medicamento tem sido feito na fábrica chinesa-cubana ChangHeber, na China.

 

 

 

Em entrevista à televisão cubana, o pesquisador Gerardo Guillen explicou que o medicamento foi desenvolvido há quatro décadas para outros tratamentos e que a eficiência é nítida. "Ele é desenvolvido por uma proteína que faz parte do sistema imunológico e a função dele é interferir especificamente em infecção viral. Ele atua tanto impedindo a replicação viral, quanto no combate ao vírus. Não só nessa epidemia como em outras", diz.

 

De acordo com ele, o efeito imunológico e antiviral do remédio permite prever a efetividade contra o coronavírus. "O Covid-19 reduz a produção de interferons (uma proteína) e impede que o sistema imunológico dos humanos ataque o vírus e sabemos que o Interferón desempenha o papel nessa primeira linha de defesa estimulando genes que inibem a replicação viral", afirmou. 

 

 

 

A ilha caribenha não tinha registrado nenhum caso da doença até esta quinta-feira (12/3), quando contabilizou os três primeiros pacientes da doença provenientes de um grupo de italianos que chegou ao país.

 

De acordo com o levantamento Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, dos 121,2 mil casos de infecção pelo novo coronavírus, 66,2 mil (54,6%) se curaram.

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