Mundo

Denúncia de obstrução



No segundo dia do julgamento dos quatro acusados de terem causado a explosão do voo MH17, procuradores holandeses denunciaram Moscou de se empenhar para prejudcar as investigações da queda da aeronave. “Há indícios claros de que os serviços de segurança russos estão tentando obstruir ativamente os esforços para estabelecer a verdade por trás do acidente”, disse o procurador Thijs Berger aos juízes do tribunal de Schiphol, em Amsterdã.

O Boeing 777 da Malaysian Airlines, partindo de Amsterdã para Kuala Lumpur em 17 de julho de 2014, foi atingido em pleno voo por um míssil BUK de fabricação soviética sobre a área de conflito armado com os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia. As 298 pessoas a bordo, incluindo 196 holandeses, morreram.

“As autoridades britânicas e holandesas determinaram que os agentes russos do GRU (inteligência militar russa) estiveram envolvidas nas tentativas de invasão dos sistemas das autoridades investigativas da Malásia”, ressaltou Berger. O procurador mencionou ainda tentativas de ciberataque contra o gabinete holandês que inicialmente coordenou a investigação.

A equipe internacional de investigadores estabeleceu, em maio de 2018, que o avião havia sido abatido por um míssil russo. Moscou sempre negou envolvimento no episódio.