"Decidi, apenas como precaução, (...) exercer minha função de presidente, da minha casa, em Bruxelas, de acordo com os 14 dias indicados no protocolo", afirmou Sassoli em um comunicado.
Recém-chegado de Florença, Sassoli justificou sua decisão pelas últimas medidas adotadas na Itália e por sua viagem no fim de semana ao país.
Na segunda-feira, o governo ampliou as medidas de confinamento para todo território.
Segundo uma fonte de seu entorno, trata-se de uma medida de precaução e de "dar o exemplo", já que ele "não apresenta sintomas, nem esteve em uma zona vermelha".
"A Covid-19 obriga todos a serem responsáveis e prudentes", disse o chefe do Parlamento, explicando que a instituição continuará "trabalhando de outras maneiras".
"Nenhum vírus pode bloquear la democracia", afirmou.
Embora ainda não tenha detectado nenhum caso por coronavírus, a Eurocâmara adotou estritas medidas de prevenção. A sessão plenária desta semana foi reduzida para apenas um dia e se transferiu de Estrasburgo para Bruxelas.
Sassoli anunciou a medida segunda-feira (9/3), no início formal da sessão em Bruxelas, antes de suspendê-la. A sessão de hoje, a única mantida, será dedicada ao coronavírus, entre outros assuntos de urgência.
Vários funcionários da Casa também estão em quarentena. Desde domingo, aqueles que se encontram no grupo de risco - como grávidas, pessoas com mais de 60 anos, ou com problemas de saúde - devem trabalhar de casa.
Com 9.172 casos de contágio e 463 mortos, a Itália é o país mais afetado pelo surto do novo coronavírus, atrás da China continental (80.754 casos, 3.136 óbitos).