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Chefe da Eurocâmara se põe em quarentena por coronavírus

Italiano David Sassoli passou o fim de semana na Itália e vai trabalhar de casa, em Bruxelas, até que seja descartada a contaminação dele com a Covid-19

O presidente da Eurocâmara, o italiano David Sassoli, decidiu exercer o cargo de casa "por precaução", depois de passar o fim de semana na Itália, país mais afetado pelo coronavírus na Europa.

"Decidi, apenas como precaução, (...) exercer minha função de presidente, da minha casa, em Bruxelas, de acordo com os 14 dias indicados no protocolo", afirmou Sassoli em um comunicado.

Recém-chegado de Florença, Sassoli justificou sua decisão pelas últimas medidas adotadas na Itália e por sua viagem no fim de semana ao país.

Na segunda-feira, o governo ampliou as medidas de confinamento para todo território.

Segundo uma fonte de seu entorno, trata-se de uma medida de precaução e de "dar o exemplo", já que ele "não apresenta sintomas, nem esteve em uma zona vermelha".

"A Covid-19 obriga todos a serem responsáveis e prudentes", disse o chefe do Parlamento, explicando que a instituição continuará "trabalhando de outras maneiras".

"Nenhum vírus pode bloquear la democracia", afirmou.

Embora ainda não tenha detectado nenhum caso por coronavírus, a Eurocâmara adotou estritas medidas de prevenção. A sessão plenária desta semana foi reduzida para apenas um dia e se transferiu de Estrasburgo para Bruxelas.

Sassoli anunciou a medida segunda-feira (9/3), no início formal da sessão em Bruxelas, antes de suspendê-la. A sessão de hoje, a única mantida, será dedicada ao coronavírus, entre outros assuntos de urgência.

Vários funcionários da Casa também estão em quarentena. Desde domingo, aqueles que se encontram no grupo de risco - como grávidas, pessoas com mais de 60 anos, ou com problemas de saúde - devem trabalhar de casa.

Com 9.172 casos de contágio e 463 mortos, a Itália é o país mais afetado pelo surto do novo coronavírus, atrás da China continental (80.754 casos, 3.136 óbitos).