Facebook e Twitter acrescentaram hashtags para advertir sobre conteúdo falso ou alterado em um vídeo retuitado pelo presidente americano, Donald Trump, sobre seu adversário democrata, Joe Biden.
O vídeo editado, que parecia mostrar Biden apoiando o presidente, foi marcado como "parcialmente falso" pelo Facebook e como "conteúdo manipulado" pelo Twitter.
As medidas parecem abrir novos caminhos para as plataformas de redes sociais ao abordar a delicada questão da desinformação política.
O Facebook, que assumiu uma política de não intervenção no conteúdo dos políticos, disse que este caso merecia uma verificação porque tinha sido publicado antes de o presidente compartilhá-lo.
"Os verificadores qualificaram o vídeo como parcialmente falso, pelo que estamos reduzindo sua distribuição e estamos mostrando hashtags de advertência com mais contexto para as pessoas que o veem, tentam compartilhá-lo ou já o fizeram", disse um porta-voz do Facebook à AFP.
"Como anunciamos no ano passado, o mesmo se aplica se um político compartilha o vídeo ou se é verificado de outra maneira quando outros compartilharam no Facebook".
O Twitter utilizou uma nova política para identificar conteúdo enganoso pela primeira vez.
A plataforma de mensagens, muito usada por Trump, tinha anunciado que começaria a aplicar uma política contra o conteúdo manipulado, inclusive dos políticos, a partir de 5 de março.
O Twitter foi criticado no passado por não eliminar conteúdo enganoso e abusivo, mas também se enfrentou a acusações de que suas restrições suprimiu algumas opiniões políticas.