Correio Braziliense
postado em 05/03/2020 11:34
Funcionários dos Estados Unidos pediram atenção aos potenciais riscos de segurança do TikTok e um legislador lançou um projeto de lei para proibir a instalação deste aplicativo chinês de vídeos nos dispositivos operados pelo governo.
Em audiência no Senado, funcionários do FBI e dos departamentos de Justiça e Segurança Doméstica disseram que os serviços de Inteligência chineses poderiam explorar o aplicativo.
O senador Josh Hawley, que convocou a audiência, anunciou o lançamento de um projeto de lei para proibir a instalação do TikTok em todos os aparelhos do governo, ao qualificar o aplicativo de um "importante risco de segurança de segurança para o público americano".
Estima-se que o TikTok, muito popular entre adolescentes, foi o aplicativo mais baixado em nível mundial no ano passado, mas funcionários dos Estados Unidos expressaram preocupação com seus vínculos com o governo de Pequim.
"O TikTok é um exemplo de aplicativo sobre o qual o cidadão médio não entende as implicações do que há por trás", disse em uma apresentação por escrito à audiência Clyde Wallace, da divisão do FBI dedicada a crimes cibernéticos.
"Basicamente está controlada por um ator com apoio estatal".
Ele acrescentou que os aplicativos das redes sociais chinesas podem coletar dados pessoais, incluindo medidas corporais e faciais, listas de contatos, localização e detalhes de contas bancárias e cartões de crédito.
"A China tem programas impressionantes de coleta de dados, assim como o desenvolvimento de inteligência artificial e análise se dados para propósitos que não conhecemos de todo (...) E isso deveria nos preocupar enormemente", disse Bryan Ware, um funcionário de cibersegurança do Departamento de Segurança Doméstica.
"Não deve haver nenhum lugar para aplicativos como o TikTok em aparelhos ou redes de governo", acrescentou.
A TikTok informou que suas operações não são influenciadas pelas autoridades chinesas.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.