"Precisamos que ajudem a conter os preços com responsabilidade. Precisamos que nos acompanhem, porque vamos ser uma sociedade melhor no dia em que soubermos que nenhum argentino tem fome", disse Fernández nesta quarta-feira (4), ao participar de uma reunião do Conselho Interamericano de Comércio e Produção.
"Ajudamos a produção a começar a se recuperar, freando as tarifas de luz e de gás, os aumentos do combustível, abrindo o crédito do Banco Nación e o da Província de Buenos Aires. Não é possível que, com tudo isso, os preços continuem subindo. Isso tem que parar, porque não tem lógica", opinou o presidente.
Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor recuou, registrando 2,3% contra 3,7% em dezembro. A categoria de alimentos foi a de maior alta, com 4,7%. A Argentina se encontra mergulhada em uma crise econômica, com uma recessão de quase dois anos, forte desvalorização de sua moeda, alta inflação e aumento da pobreza e do desemprego.
O governo está iniciando uma renegociação de sua dívida de 311 bilhões de dólares (91,6% do PIB), um total considerado "insustentável" pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A equipe de Fernández tenta adiar os vencimentos da dívida e reduzir capital e juros.
Entre suas primeiras medidas, após tomar posse em dezembro passado, o presidente congelou as tarifas dos serviços públicos, assim como os preços dos combustíveis, aumentou impostos e endureceu o controle cambial.