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EUA e Irã se acusam



O Irã acusou, ontem, os Estados Unidos de propagarem “o medo” sobre o novo coronavírus. Na véspera, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, havia convocado Teerã a “dizer a verdade” sobre a epidemia. Segundo os dados divulgados pela República Islâmica, 19 pessoas morreram e mais de 140 foram infectadas, entre elas, o vice-ministro da Saúde, Iraj Harirchi.

Nesse contexto, a maioria dos países vizinhos impôs restrições de viagens ao Irã e quarentenas. Além disso, escolas, universidades e centros culturais e esportivos por todo o território iraniano fecharam para serem desinfectados por equipes de saúde.

Em meio às medidas internas, há a tensão bilateral. “O regime iraniano escondeu detalhes cruciais sobre a epidemia no país”, acusou Pompeo. “Não devermos deixar que os Estados Unidos agreguem um vírus, chamado “medo extremo” (...), ao coronavírus”, afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani, em resposta ao chefe da diplomacia norte-americana.

Com sistemas de saúde frágeis, Afeganistão e Paquistão, vizinhos de China e Irã, tentam se preparar para a epidemia. Os dois países teriam conseguido evitar as infecções durante o auge da crise chinesa, mas parecem mais vulneráveis agora. “Não temos um sistema de saúde que funciona corretamente”, lamenta o afegão Ihsanul Haq.