O pré-candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, recebeu nesta quarta-feira (26) um apoio-chave que aumenta suas esperanças de vencer na Carolina do Sul e deter o avanço de Bernie Sanders, favorito em todo o país para obter a indicação do partido para enfrentar Donald Trump nas eleições de novembro.
O apoio do legislador Jay Clyburn, o democrata mais influente da Carolina do Sul e o afro-americano de mais alto nível no Congresso, poderia consolidar a adesão de Biden entre os eleitores negros, um eleitorado crucial para conseguir a indicação e para que o Partido Democrata vença em novembro.
"A Carolina do Sul deveria votar em Joe Biden", disse Clyburn, em um evento onde o considerou o "melhor preparado" para "restaurar a dignidade e o respeito do país".
Clyburn destacou os oito anos de Biden como vice-presidente de Barack Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos. "Joe continuará o legado de Obama", assegurou em um vídeo no Twitter.
Biden, que até o mês passado liderava as intenções de voto entre os democratas de todo o país, chega abalado à disputa na Carolina do Sul, após ficar em quatro em Iowa, em quinto em New Hampshire e em um distante segundo lugar com relação a Sanders em Nevada.
Mas o ex-vice-presidente confia em que uma vitória no sábado vá projetá-lo para a "Superterça" em 3 de março, quando votam 14 estados e se elege um terço de todos os delegados que definirão o candidato presidencial na convenção do Partido Democrata, em julho.
"Vou vencer na Carolina do Sul", disse na terça-feira à noite Biden, durante um debate televisionado na histórica cidade de Charleston entre os sete principais candidatos na disputa.
"Ganharei o voto afro-americano", insistiu.
Biden, de 77 anos, e primeiro nas pesquisas na Carolina do Sul, mostrou-se combativo diante das câmeras, com permanentes alusões à sua trajetória junto com Obama e comentários dirigidos ao eleitorado negro.
Mas sua leve gagueira e alguns erros continuam gerando dúvidas sobre sua capacidade para enfrentar Trump.
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