O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse nesta terça-feira (25) que o Irã deve dizer a verdade sobre o surto do novo coronavírus no país, em um momento em que a doença já deixa 15 mortos na República Islâmica.
"Os EUA estão muito preocupados sobre as informações que indicam que o regime iraniano pode estar escondendo detalhes importantes sobre o surto no país", afirmou Pompeo a jornalistas em Washington.
Nesta terça, o Irã confirmou 34 novos casos e três outras mortes causadas pelo COVID-19. Até agora o balanço indica 95 pessoas infectadas e 15 mortos no país. Trata-se do maior número de vítimas fora da China, onde a epidemia já causou mais de 2.600 mortes.
O governo do Irã prometeu mais transparência depois que um deputado comentou que o governo estava minimizando o surto do vírus e que o balanço de vítimas pode chegar a 50 mortos.
"Todos os países devem dizer a verdade sobre o coronavírus e cooperar com as instituições internacionais de ajuda", disse Pompeo em coletiva de imprensa.
Pompeo também mencionou Pequim, afirmando que "o fluxo de informação dentro da China é primordial".
"É importante ter informações verídicas", disse o secretário de Estado elogiando a cobertura da imprensa internacional.
"Se a China permitisse que seus próprios jornais e pessoal médico que falassem e que investigassem de forma livre, as autoridades chinesas e de outros países teriam estado muito mais preparadas para enfrentar essa crise", ressaltou.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para "uma possível pandemia", um termo que descreve uma doença que se propaga por vários países, em um momento em que há um forte aumento dos casos na Coreia do Sul, Itália e Irã.
Pompeo disse que os Estados Unidos colocaram em quarentena a todos que detectou estarem com o vírus e que Washington tomará medidas adicionais caso considere ser necessário.