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Paralisação econômica da China pelo coronavírus reduz emissões de CO2

Muitas fábricas na China permanecem inativas ou funcionam de modo parcial desde o inicio da epidemia

A epidemia de coronavírus, que paralisa a atividade econômica na China, pode ter reduzido as emissões de CO2 do gigante asiático em pelo menos 25%, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (19/2), mas o impacto pode ser apenas momentâneo.

O recesso do Ano Novo Lunar, que aconteceu em 25 de janeiro, foi prorrogado de fato até 10 de fevereiro.

Desde então, em consequência das drásticas medidas de contenção e das restrições aos deslocamentos para conter a epidemia, muitas fábricas permanecem inativas ou funcionam de modo parcial.

Desta maneira, o consumo de energia e as emissões de gases do efeito estufa diminuíram em 100 milhões de toneladas na comparação com o mesmo período do ano passado, afirma um estudo divulgado pelo site especializado Carbon Brief.

Nas duas últimas semanas (de 3 a 16 de fevereiro), as emissões de CO2 se aproximam de 300 milhões de toneladas, mostra o estudo elaborado pelo Centro de Pesquisas sobre Energia e Ar Limpo (CREA), que tem sede na Finlândia.

Nas duas semanas posteriores ao recesso de Ano Novo em 2019 o país emitiu 400 milhões de toneladas.

"A redução do consumo de carvão e petróleo mostra uma queda de, pelo menos, 25% das emissões na comparação com o mesmo período no ano passado, o equivalente a uma diminuição de 6% das emissões mundiais durante o período", destaca o estudo.

Uma queda deste tipo durante duas semanas poderia representar, por si só, uma redução de aproximadamente 1% das emissões anuais da segunda maior economia mundial.