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Morre Popeye, sicário de Pablo Escobar

Jhon Jairo Velásquez, conhecido como Popeye, o mais famoso pistoleiro de Pablo Escobar, que sobreviveu a sete tentativas de assassinato e a diversos atentados na prisão, morreu de câncer no esôfago ontem. Ele era o chefe dos sicários do cartel de Medellín no auge do domínio de Escobar. Popeye tinha 57 anos e estava preso desde maio de 2018 por extorsão, segundo o jornal colombiano El Tiempo, que o classificou como um dos piores criminosos de toda a história da Colômbia. Em uma entrevista em 2015, concedida ao jornal português Expresso, ele afirmou: "Mataria minha mãe se Escobar tivesse pedido". "Escobar era um assassino, um terrorista, um narcotraficante, um sequestrador, um vigarista, mas era meu amigo", disse Popeye à agência France Presse em 2015. Criminoso confesso, Popeye dizia se sentir fascinado pelo "cheiro de sangue". O pistoleiro criou um personagem que vendeu livros e inspirou a Netflix, mas, sobretudo, semeou dor na época mais obscura do narcotráfico na Colômbia. Ficção e realidade se misturaram na vida de um dos últimos sicários que sobreviveu à morte de Escobar, o grande chefão colombiano das drogas abatido pela polícia em dezembro de 1993. Segundo contou sem suas memórias, Sobrevivendo a Pablo Escobar, fez cursos na Marinha e na polícia antes de entrar para o bando de Escobar. O mundo do crime o levou a ficar conhecido como Popeye - por causa do queixo sobressalente que logo foi operado - e o transformou em uma espécie de publicitário do mal, o homem que matava e narrava os crimes de seu patrão. Em uma entrevista para a AFP em 2015, Velásquez se gabou de ter assassinado com as próprias mãos "ao menos 250 pessoas, talvez 300". Mas testemunhos de policiais que o perseguiram, de parentes de Escobar e de suas vítimas contam outra história: a de um pistoleiro que inflou sua história para se tornar uma celebridade. (Com agências internacionais) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.