A principal companhia aérea de Hong Kong, a Cathay Pacific, pediu a seus 27.000 funcionários que tirem três semanas de licença não remunerada para evitar a propagação do novo coronavírus, anunciou o CEO da empresa, Augustus Tang.
"Espero que todos participem, desde nossos funcionários que estão na linha de frente (em contato com os clientes) até nossos executivos, e que compartilhem nossos atuais desafios", declarou Tang.
A doença surgiu em dezembro em um mercado de Wuhan, no centro da China, e se propagou rapidamente no fim de janeiro, durante as férias de Ano Novo Lunar, habitualmente um período de forte demanda para as companhias aéreas da região.
Em uma mensagem de vídeo aos funcionários, Tang advertiu que a Cathay, afetada ano passado por meses de manifestações em Hong Kong, está passando por "uma das férias de Ano Novo chinês mais difíceis" de sua história em consequência da epidemia.
"E não sabemos quanto tempo vai durar. Com uma perspectiva tão incerta, preservar nosso fluxo de caixa é agora a chave para proteger nosso negócio", completou.
Tang disse ter consciência de que é difícil compreender o que a empresa pede. "E talvez tenhamos que tomar outras medidas. Mas apoiando esta licença especial, vocês nos ajudarão em um tempo de necessidade", completou.
Também pediu aos fornecedores que reduzam os preços e afirmou que a companhia aérea deve fazer ajustes a curto prazo em sua capacidade, confirmando em particular a redução de 90% de seus voos para a China continental.